27/12/2018

OS SENTIMENTOS DE VINGANÇA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS



Sabe aquela pessoa que prejudica ou ofende você, fazendo se sentir abaixo de zero?

E aquela sensação horrível de aperto no peito, misturada com indignação e sentimento de tristeza, que acaba por consumir por inteiro os nossos sentimentos, trazendo à tona os piores pensamentos e emoções?

Não dá para descrever o misto de tudo isso, somado com a grande dose de vontade de cometer uma vingança, por menorzinha  que seja...

Quando o nosso inconsciente mergulha nessa onda, deixamos de lado as coisas mais importantes para nós e passamos a maior parte do tempo útil de nossas vidas, ruminando pensamentos inúteis, de ódio e de reprovação.

Do ponto de vista energético, quando isso ocorre, penetramos nas frequências mais densas de energia, aquelas mais pesadas, onde o nosso ser perde-se, inebriado pela momentânea satisfação, gerada pela crença, de que efetivamente podemos acionar um gatilho para prejudicar aquele que nos feriu. Nesse momento, ainda sem percebermos, teremos penetrado camadas tão pesadas, que nos amarrarão numa frequência umbralina, ou seja, naquela em que os espíritos desencarnados que por ali estão e sedentos da mesma vingança, se alimentam. Isso mesmo, eles se alimentam com a nossa energia e passam a vibrar junto conosco em busca dessa sensação de vingança, cada vez maior. Nos tornamos hospedeiros dessas larvas atrais, muitas vezes, perdendo a percepção a ponto de ceifarmos a nossa própria vida.

O prazer temporário quando constatamos que aquela pessoa que nos prejudicou, recebeu o troco e também passou a sofrer, mesmo que não tenha sido através da nossa própria vingança, é um bálsamo para esses espíritos atrasados que estão nos influenciando. O que não nos damos conta é que estamos passando para o processo regressivo nos juntando à eles.

A vingança é gerada por um mix de decepção e raiva, que gera mágoa e se transforma em ódio. Esses sentimentos, todos juntos, nos desequilibram energeticamente e tiram de nós a intuição, a clarividência e a capacidade de reagir de forma positiva diante das adiversidades da vida.

Um indivíduo contaminado com as larvas astrais da vingança, deixa de perceber tudo o que existe ao seu redor para focar apenas na atitude que poderá levá-lo a destruir o outro. A vontade maior é fazer com que o "inimigo" sofra e prove do mesmo veneno.

Mas como pode uma pessoa contaminada com larvas astrais e infectada com o desejo de vingança, raciocinar diante da situação?

Quando perdemos a capacidade de raciocinar justa e imparcialmente, cometemos erros, dos quais, nos arrependemos futuramente. Somente ao recobramos o juízo é que muitas vezes percebemos que exageramos na dose.

Vou lhes contar uma pequena história para ilustrar o exemplo:

Uma pequena família feliz vivia em um bairro tranquilo. O casal tinha um bebê de poucos meses e um cão pastor alemão, policial capa preta, daqueles imensos, que havia sido criado com o casal desde filhotinho como se fosse o primeiro filho.

Certo dia, a esposa havia ido à igreja e o marido ficou com o bebê. Ao perceber que faltava um ingrediente para o jantar, o homem resolveu ir rapidinho ao supermercado que era bem perto, para comprar o que estava faltando e deixou a criança dormindo no berço e o cão dentro de casa. A criança no andar de cima e o cão estava também adormecido no andar de baixo, próximo a lareira.

Ao voltar do supermercado, em menos de uma hora, quando adentrou o lar, viu inúmeras manchas de sangue pela casa. Desesperado se deparou com o cão, raivoso, transtornado e feroz como um lobo, com a boca e os pelos do peito cheios de sangue. O homem correu até o berço, não encontrou o bebê, viu as manchas de sangue pelo berço e que se arrastavam pelo chão. O cão, ao lado do homem, latia e rosnava enraivecido para o seu dono.

O homem olhou para o cão e disse: - Seu desgraçado! você matou meu filho!
Pegou um rifle e matou na mesma hora o cão. Em seguida, chorando e desesperado, começou a seguir as manchas de sangue pelo chão da casa procurando o corpinho do seu filho,  ou o que poderia ter sobrado dele. Foi parar na saída dos fundos, quando encontrou um homem todo ensanguentado, desmaiado no chão e próximo a ele, ouviu o choro do bebê que estava caído mais adiante, porém, sem nenhum ferimento.

Conclusão: Tomado pela ira e pelo sentimento de vingança, o homem acabou matando o animal que fez de tudo para salvar o seu filho, cujo desespero, era de tentar avisá-lo de que o seu bebê estaria no quintal correndo perigo.

Esta e tantas outras histórias mostram o quanto ficamos cegos e sem sentidos, quando estamos tomados pelo sentimento de ódio e de vingança.

Mas o que fazer para sair dessa frequência?

A solução é a busca do autoconhecimento, que só pode ser conseguido olhando para dentro de si mesmo. Nesses casos, precisamos silenciar a nossa mente, através de uma meditação. Podemos nos aquietar num canto da casa, no nosso quarto, na nossa cama, num parque ou qualquer outro lugar aonde ninguém possa falar conosco e nos interromper.

Através de respirações profundas, sentindo encher o pulmão até doer e soltar o ar, começaremos a notar as vozes ocultas que falam com a nossa mente. Aqueles 'capetinhas' que ficam dizendo que é legal prejudicar o outro é que são as larvas astrais.

As larvas astrais, são as energias mais pesadas emanadas pelos variados tipos de sentimentos e pensamentos de baixa densidade, e que deixamos entrar no nosso perispírito e desequilibrarem o nosso sistema. São elas que ficam o tempo inteiro injetando toxinas potencializando os nossos piores pensamentos. Por isso, quando estamos muito perturbados e tentamos meditar, os pensamentos dos mais variados tipos ficam interrompendo o nosso relaxamento. Nesse momento, é a hora da guerra do bem contra o mal. Só consegue sair dessa frequência, quem tiver determinação e força de vontade em aquietar a mente.

Combater os pensamentos ruins que passam pela nossa cabeça é a primeira arma. Quando iniciamos o processo de combate, devemos colocar um pensamento contrário em todo o pensamento negativo que surgir. Isso faz com que você vá exterminando as larvas uma a uma, pensamentos positivos aniquilam e desmaterializam essas larvas astrais dentro de nós (mas elas continuam existindo no plano energético, pois outras pessoas continuam as alimentando). Enquanto conseguimos expulsá-las de nós, percebemos que o nosso cérebro vai se aquietando aos poucos, o nosso coração começa a relaxar, parando de doer e vai se descontraindo. Algumas vezes, o resultado é tão positivo, que até caímos em sono profundo e quando acordamos, percebemos que nos sentimos melhores do que estávamos antes. Mas devemos vigiar! Porque essas larvas apenas se desmaterializam de dentro do nosso perispírito, continuando a sobreviver em plano energético, podendo retornar em qualquer momento que penetrarmos novamente as suas frequências, ou seja, na medida que você consegue elevar o seu pensamento e acessar as energias mais positivas, o seu perispírito começa a irradiar a luz da sua alma. Quanto mais ela brilhar, mais cegas ficarão as larvas astrais e não conseguirão mais enxergar você. Elevando a sua frequência energética, o que está embaixo não conseguirá acessar você. Lembra daquele velho ditado que diz: "O que vem de baixo não me atinge", pois é, parece que foi feito sob medida para exemplificar a atuação da energia negativa. Por essa razão, os mestres dizem que a busca do equilíbrio é a melhor maneira de se defender das energias negativas. Na dúvida, procure o caminho do meio para seguir em frente.

Prejudicar o outro que nos prejudicou, pode gerar uma sensação de prazer momentânea, mas não nos damos conta de que atrasamos o nosso próprio processo evolutivo, pois, ao retrocedermos na recontaminação com as esferas inferiores, perdemos o nosso tempo precioso para a evolução e ainda reabrimos feridas que estavam em processo de cura.

Quando nos deixamos abater pela violência do outro, nos tornamos ainda mais vulneráveis e aumentamos a importância do nosso "inimigo" em nossas vidas. Nós fortalecemos ainda mais os inimigos e aumentamos o seu poder sobre nós, quando valorizamos os seus atos, a ponto de deixarmos tudo o que estamos fazendo, para nos preocuparmos com eles.

A nossa energia potencial de luta, passa a ser transferida ao nosso inimigo e mesmo que consigamos executar o nosso plano de vingança, nada vai mudar o que ele nos fez anteriormente. Tudo aquilo já aconteceu e fomos nós que nos permitimos arruinar pelas agressões sofridas.

Algumas vezes, o nosso próprio ego, nos impede de perceber que nós também tivemos a nossa participação na ação do inimigo. Em alguns casos, nós mesmos provocamos involuntariamente uma reação da oposição, mas como somos muito vaidosos para encarar os nossos erros, não percebemos que a explosão do nosso algoz, foi uma reação, por alguma atitude equivocada da nossa parte.

Só conseguimos analisar aonde erramos quando nos colocamos de fora da situação, com imparcialidade total, e para isso, não podemos estar sofrendo com nenhuma contaminação astral.

Aqui seguem 10 dicas para combater o sentimento de vingança:

1 - ENTENDER AS REAÇÕES FÍSICAS DO SEU ÓDIO
Quando ficar furioso com alguém, sente-se por um momento e olhe para dentro do seu corpo. A sua pressão sanguínea fica mais forte, o coração parece ficar espremido e um calor na nuca pode ser identificado. Respirar fundo, beber água e pensar que vai resolver da melhor forma aquela situação pode colaborar muito para o autocontrole nesse primeiro momento.

2- ESCREVA O QUE ESTÁ SENTINDO
Escreva tudo o que está sentindo, porque acha que a sua vingança vai diminuir o seu sofrimento. Se você tiver um amiguinho de 4 patas, converse com ele e conte tudo, desabafe e verá como o olhar do seu animal vai te dar a melhor resposta. Eu até diria pra você desabafar com algum amigo, mas tem alguns que são "amigos da onça" e podem ajudar a piorar ainda mais a sua situação, até aumentando  o seu desejo de vingança, o que não seria nada bom...

3-NÃO ECONOMIZE NAS MEDITAÇÕES
Faça sempre que puder enquanto estiver corroído pela dor. Depois do almoço, no intervalo do trabalho, na condução, durante o banho, menos no carro, pois você pode se distrair e se provocar acidentes. A meditação reduz o estresse, alivia a mente e o ajudará a pensar com maior lucidez.

4-COLOQUE-SE DE FORA E TORNE-SE SEU PRÓPRIO MENTOR EM PROL DO BEM
Faça de conta que você é o seu professor e orientador, pensando e repetindo frases positivas se auto aconselhando:

“Poderia ser pior.”
“Eu vou controlar minha resposta sobre a ação dessa pessoa.”
“Eu consigo superar isso.”
“Essa situação é temporária.”
"A ofensa dessa pessoa não tem poder sobre mim."
"Eu sou superior a tudo isso e vou superar esse sentimento."

5- VINGUE-SE DO SEU ALGOZ SENDO FELIZ
Enquanto a dor continua, a melhor vingança é ser feliz e nem dar bola para a 'tentativa' de seus inimigos. Isso mesmo eu disse 'tentativa', porque se você fechar a porta para o sentimento de revolta e de vingança, o seu inimigo não terá atingido o objetivo de lhe prejudicar.
Combatendo o mal com o bem você neutraliza as energias negativas à sua volta. Foque a sua força em se sentir bem, praticando algum exercício físico para liberar as toxinas do seu organismo, ouvir uma música de alto astral que goste, assistindo um filme leve ou até mesmo mergulhando de cabeça no seu trabalho, isso ajuda a passar o tempo até que a ferida se feche e distrai a sua mente combatendo os maus pensamentos.

6- AGIR DE FORMA SUPERIOR
O espírito de superação em atingir graus mais elevados de consciência, farão com que você se torne superior, porque se afastará da energia maléfica que o seu inimigo engendrou. O silêncio e a determinação em não cair mais em armadilhas, farão com que você reflita com mais calma, podendo até perceber que dependendo do que lhe fizeram, isso serviu como algum tipo de aprendizado. Procure pela resposta dentro de você, fazendo a seguinte pergunta: O que eu aprendi com isso? Porque passei por essa ou aquela experiência?

7 - MAGIA BRANCA É UMA ÓTIMA FORMA DE SUPERAR A VINGANÇA
Pegue um papel e escreva a sua ideia de vingança, da mais simples até a mais bem elaborada... Não tente se enganar, deixe a sua sombra escrever toda a maldade que deseja fazer. Em seguida, quando terminar, leia tudo o que escreveu, respire fundo e use toda a sua força para rasgar em pedacinhos a sua sentença. Fazendo isso, você vai perceber, lendo a sua própria carta, o quanto o seu ódio está fazendo de você uma pessoa muitas vezes pior do que o seu inimigo. (É triste, mas pode ser real).

8 - DÊ TEMPO AO TEMPO
Agir enquanto a cabeça está fervendo e o ódio latente, não surte bons resultados, principalmente quando estamos assim, somos como aeronaves imensas e desgovernadas aonde o 'piloto sumiu' e podemos cair em qualquer lugar esmagando até os inocentes que estão ao nosso lado e que nada têm a ver com a situação em que nos encontramos.

9 - ATIVE A EMPATIA
Antes de partir para um ato de vingança, procure pensar e repensar os motivos que levaram a pessoa a agir daquele modo com você. Tente rever cada passo da situação como se estivesse de fora, sem se utilizar do seu ego. Veja como você agiu e como a pessoa reagiu a sua ação. Fazendo isso, você poderá até perceber que tem uma parcela de culpa na injustiça que sofreu.

10 - EXERCITE O PERDÃO
Mesmo que você e a pessoa que lhe prejudicou não tenham mais laços afetivos, procure seguir em frente e faça a sua parte exercitando o perdão e colocando-se acima da situação, com superioridade de entender que todos os seres humanos são falhos e possuem interpretações variadas, muitas vezes equivocadas sobre as mais diversas situações. Uma reconciliação depende de duas pessoas, mas só você tem o poder sobre o seu próprio perdão.

Perdoar-se também faz parte do exercício. Se percebeu que errou também, perdoe-se, você tem todo o direito de errar. Vivemos num planeta de expiação e provas e essas coisas acontecem para que possamos aprender com as experiências.

Se nenhuma dessas alternativas conseguir ajudá-lo, procurar um auxílio profissional, poderá colaborar e muito para acabar com o sofrimento e a dor causados pelo o que consideramos injustiças e que despertam em nós os piores sentimentos de vingança.

Abaixo um áudio com uma meditação cristiciísta que eu gosto muito e que ajuda a transmutar a energia negativa para positiva e eliminar as larvas atrais do nosso perispírito. Essa meditação ajuda a sair da frequência mais baixa e elevar-se potencializando a sua luz, que ampliada, impossibilitará o acesso a essas toxinas astrais.


Listen to "Meditação para Transmutação de Energia" on Spreaker.


 Autor: Claudia Souza / Filosofia Cósmica - Discípula Cristiciísta Publicação autorizada pelo Colégio Sacerdotal da Ordem Cristiciísta

16/12/2018

O ovo do mundo



A simbologia tem revelado através da expressão gráfica, verdades espirituais, que se manifestam como ensino no curso da evolução.

As verdades evolucionistas, sempre se manifestam, tendo como objetivo, levar o homem à reflexão e através dela, fazer com que o ser consiga com seu esforço próprio desvendar as coisas do espírito divino criador, através da percepção, ou seja, da captação das verdades espirituais que estão se manifestando dentro de uma linha de ação conjunta.

A linha de ação conjunta cria inicialmente como base de apoio, a revelação por hipóteses. A revelação por hipótese, é a revelação de um fato que possa se constituir em verdadeiro, por utilização do raciocínio criador. A hipótese leva a imaginação a um grau mais alto de pesquisa.

A busca, o caminho, a verdade, se conquistam pela reflexão e pelo desejo de buscar essa verdade, dando a essa busca, um sentido de verdade extensiva ao comportamento.

Este sentido de verdade deve ser necessariamente lógico, e ter como base, o fundamento.

O conhecimento é adquirido pela pesquisa, trabalho e aplicação. A aplicação gera a concentração e a concentração gera a captação, a captação gera a percepção e a percepção gera a concepção.

A concepção forma a ideia e a expressa materializando-a, fazendo com que essa passe a ter vida e atue sobre os campos que serão magnetizados por ela.

A ideia leva ao caminho, mas para que possa existir, é necessário que já exista o caminho.

O que é a ideia?

A ideia é uma ação consciente do pensamento que atua em seu campo de criação. Quando o pensamento é ativado é porque já houve a captação da ideia. Uma vez captada, a ideia necessita ser expressada. A ideia expressada é a ideia viva, atuando e em ação.

Normalmente, nos atos da vida, ouvimos dizer: - Esta ideia é ótima, vamos viabilizá-la... Aí então entramos no campo da hipótese.

Como podemos viabilizá-la?

Quando a ideia surge da discussão de um grupo interessado é necessário ouvir as opiniões de todos os que estão envolvidos no assunto, para se chegar a alguma conclusão.

O pensamento conclusivo, pode ser gerado através do pensamento hipotético e o pensamento hipotético é o gerador da própria natureza da hipótese, ou seja, gerado por si mesmo.

A hipótese gera pesquisa de campo e a pesquisa de campo gera o caminho, isto posto, temos que a ação ou expressão, representam um conjunto de atividades. Estas atividades obedecem a certos princípios que são regidos por cálculos e por atos que justificam o encaminhamento dando-lhe suporte.

Qualquer ideia que não for muito bem estruturada, corre o risco de ser abandonada, embora já tenha percorrido a sua trilha no sentido do objetivo a ser atingido, pois no meio do caminho as vezes somos obrigados a darmos uma guinada e mudarmos o rumo, recalcularmos, reavaliarmos, revermos uma ideia, por melhor que tenha sido a sua proposta.

Quando um ser humano preso aos laços da matéria cria uma ação espiritual por ação própria, por inspiração, sem contar com a ajuda dos mestres superiores, e que são os responsáveis pela transmissão dos conhecimentos, e também pelas grandes revelações superiores, é criada uma situação que merece ser examinada com toda a sua força de verdade e com toda a sua capacidade de reflexão.

As lutas existentes no campo do estudo, da interpretação e da compreensão espiritual que hoje fazem parte da história religiosa, nasceram em sua maioria de conclusões hipotéticas, sem o respaldo superior, sem provas suficientemente messiânicas ou do missionário responsável pelo desenvolvimento de tal ou qual pensamento religioso. O adepto de qualquer filosofia religiosa, deve antes de optar, examinar detalhadamente a vida e a obra do responsável pela filosofia proposta e encontrar em sua obra, sinais evidentes de realização espiritual.

A única exceção feita, é quando uma doutrina ou filosofia de cunho religioso é feita por ordem superior através de transmissão mediúnica.

O criador de qualquer seita nova deve antes de mais nada separar a sua atuação pessoal.

A sua atuação pessoal, pode ser classificada da seguinte maneira:

a) como captador ou receptor do pensamento verdadeiro (médium);

b) expositor do pensamento verdadeiro (padres, pastores, pregadores, etc);

c) captador receptor e um transmissor Expositor (médiuns paranormais que recebem canalização e expõem mediunicamente as informações de diferentes esferas através de diversas manifestações como psicofonia, psicografia, música e pinturas mediúnicas).

Uma vez definida a sua posição, esta posição deve ser clara e objetiva no prefácio da obra, para que os leitores ou até seguidores, possam avaliar a responsabilidade de quem transmitiu e divulgou tal e qual conhecimento. Criar adeptos por hipótese, leva o responsável a um resgate cármico, porque envolve o comportamento de mentes, de inteligências, e isto cria correntes vibratórias e desenvolve processos cármicos. Nossa colocação tem o objetivo de elucidar o nosso trabalho, porque ele necessita de partir de pressupostos já firmados como postulados homologados. A afirmação de que determinada corrente de pensamento é a única e verdadeira, gera uma preocupação muito grande, pois se a mesma não está estruturada em conclusões objetivas, oriundas do trabalho perseverante e da pesquisa, poderá gerar problemas sérios para quem resolveu assumir essa responsabilidade.

Se atribuir o dono da verdade é um crime de consciência que só é resgatado com uma série de reencarnações, às vezes, compulsória. Antes de se divulgar uma doutrina, é necessário estudar todos os fenômenos decorrentes dessa manifestação. O poder maior religioso que se tem notícia e conhecimento no planeta, pertence a Cristo, porque ele pregou e consumou sua obra através de uma atitude pessoal. Quem sair disto, deve tomar cuidado. É evidente que a religião Cristã, não existe desde o começo do mundo. É, portanto, perfeitamente permissível e compreensível que se pesquise o passado, para se chegar a compreender o presente e preparar o futuro, deixando-o por conta das suas próprias leis. Ainda na pesquisa do passado, deve ser levado em conta um pensamento profundo de quem criou, leu e estudou muito. O caminho existe tanto no presente, como existiu no passado. Se o caminho não tivesse existido no passado, antes do nascimento de Cristo, como ficaria toda a humanidade que existiu antes? Estaria condenada?

Segundo a interpretação bíblica dos padres da igreja de Pedro, que tomaram por base em sua teologia, parcialmente e em alguns pontos o evangelho de Cristo, eles explicaram da sua maneira em seus concílios a ressureição de Lázaro como: “Todos ressuscitarão como Lázaro”, por exemplo...

Será que eles esqueceram que Lázaro ainda tinha um corpo, que apesar de ter se passado três dias (se crendo nos evangelhos, é claro...) o seu corpo ainda não teria sido consumido pela terra? Como ficaria o resto da humanidade que já não possui mais corpo? Vão ressuscitar com o que? Com o mesmo corpo físico que já não existe mais ou não entenderam que poderia haver um corpo espiritual com vida após a morte? Não ocorreu-lhes que Jesus com seus poderes regenciais, poderia ter acordado o espírito de Lázaro já no plano espiritual e tê-lo trazido de volta ao corpo que ainda não estava em estado avançado de decomposição ou até mesmo podendo estar em estado cataléptico?

O evangelho não diz em nenhum capítulo “Assim como Lázaro ressuscitou com seu próprio corpo, todos os mortos sairão dos seus túmulos”. A igreja de Pedro nunca explicou isso com clareza, e este fato, teve uma interpretação até hoje teológica e ilógica. Deus é capaz de tudo, mas não seria tão inábil de destruir a sua própria lei. Os homens são que a destroem e distorcem o ensinamento.

A consciência humana é devedora e como tal está cumprindo a lei e é isto que deveria ser ensinado nos templos. Esta é a essência do pensamento de Cristo, que neste caso, nada tem a ver com o pensamento dos padres da igreja, criadores e intérpretes da lei segundo as suas sapiências e concílios. O dever de todo Cristão, é meditar com profundidade e não seguir escolas filosóficas, teológicas e que não revelam o sentido superior da lei divina.

A lei Cristã é clara em muito pontos e simbólica e esotérica em outros, mas a sua interpretação, deve levar em consideração, a linha de raciocínio do mestre que a criou. É importante seguir a sua senda no passado, para se descobrir de onde ele partiu. Cristo era um Messias iluminado, um representante direto do poder divino e não era um Deus, como ele mesmo disse: “As obras que eu faço, não sou eu quem faço, mas o Pai que habita em mim.”. Ele sentia o potencial da força divina dentro dele, mas sabia que essa força era uma doação de alguém. O fato dele dizer: Eu e meu pai somos um, era fruto de um conhecimento da verdadeira origem do ser, como um ser nascido de uma força ativa e presente em todos os seres. A força divina habita em todos os seres da natureza, está em tudo o que é vivo e em tudo o que tem vida, como uma centelha. Isto é o resultado da criação do espírito como um todo. A força divina não criou por hipótese, criou por sabedoria e amor.

A lei de Deus está escrita no âmago e na consciência de cada um, pois o ser precisa aprender a lê-la e a tomar conhecimento dela. Esta consciência deve ser despertada para a leitura e o aluno vai aprendendo, segundo a sua própria força de vontade, em buscar e sentir o seu verdadeiro caminho. Estando a lei escrita dentro de nós, precisamos desarquivar o nosso próprio livro interior, seguindo a nossa intuição. A nossa intuição nos levará e nos guiará ao caminho mais curto. Ela só se ilumina, quando o interior da criatura é iluminada pelas suas obras e pelo exercício da caridade. É um grande crime espiritual qualquer seita religiosa que não prega a caridade. Ser caridoso é socorrer. Quem socorre alguém ou ora por um espírito desencarnado estará praticando uma má ação? Quem dá uma esmola para um coitado que não tem o que comer estará atrapalhando o seu desenvolvimento ou ele para se desenvolver, não precisa pelo menos de se alimentar? Como alguém pode se interessar por alguma coisa com fome? Saciar a fome de alguém é algum crime espiritual?. Se isso fosse verdade, Cristo estaria errado quando curou enfermos, realizou o milagre dos pães, tomando o seu evangelho ao pé da letra.

Uma realização espiritual, pressupõe antes de mais nada, uma obra de caridade, seja material ou espiritual. Antes de uma criatura que pensa, que raciocina, tomar uma posição doutrinária, deve examinar a lei Cristã. Cristo é o mestre e o regente do planeta. Não é responsável pelos adeptos dos mestres que vieram antes dele, muitos, até prepararam o caminho do Cristianismo, ajudando inclusive na interpretação do seu conteúdo oculto. Muitos, ainda ajudaram povos, iluminando suas consciências com a divulgação de verdades divinas, principalmente as religiões que pregaram antigamente e ainda creem na evolução do espirito. Quem não quiser rever o seu pensamento religioso e que for adepto de uma religião que já prega a evolução do espirito através da carne, não precisa se preocupar em se converter a religiões dogmáticas, pois já está tomando consciência da lei cármica. O que é duro para nós cristãos, é ver toda uma legião de fieis completamente cegos neste ponto da lei, por seguirem uma tradição que dogmatizou e involuiu o sistema, anematizando os que abriram os olhos a tempo, mas que tiveram os seus olhos fechados pelos julgadores e doutores da igreja e da lei.

Os que se apossaram da verdade como donos dela, terão que prestar serias contas. Os que fizeram política pessoal ou de grupo com ensinamento bíblico, também terão que prestar contas. Essas contas já estão sendo preparadas e logo os débitos começarão a serem cobrados, mesmo porque o atual estado do planeta não comporta mais a massa consciente de força anímica que está se concentrando. Esta concentração, levará o planeta fatalmente a sofrer suas transformações e isto será levado em consideração por ocasião do ajuste de contas.

O Cristianismo evolucionista que atualmente não é ensinado pela igreja, poderá inverter essa força, mas isto só será possível se houver uma completa reviravolta nos cultos católicos, com a nova verdade homologada em todos os catecismos, igrejas e corações. Os que são de boa vontade, poderão contribuir com a sua ajuda, questionando em todo o planeta.

Cristo era evolucionista ou não?


Psicografado por Adilson Teixeira de Godoy em 1986
Espírito do Colégio Sacerdotal da Ordem de Melquisedec