03/02/2017

A CAMINHADA



O caminho religioso de todo ser humano em 90% dos casos vem traçado dentro da própria família. Normalmente, os filhos seguem o caminho religioso dos pais, cumprindo a liturgia religiosa, dentro dos padrões normais que cada religião estabelece e moldando sua personalidade religiosa, de acordo com o seu interesse, pelos caminhos traçados dentro da trilha, que lhe foi colocada para seu encontro com Deus.

As famílias brasileiras em sua maioria, nos últimos anos, encaminharam seus filhos para a fé Católica Apostólica Romana. Antigamente, falar em culto protestante ou fé espírita, era uma afronta aos padrões. Até os estudantes que não fossem católicos as vezes enfrentavam discriminações.

Com o passar do tempo, esta situação se modificou e a liberdade religiosa abriu os horizontes para quem saísse do culto familiar e procurasse outro caminho.

A igreja Católica Apostólica Romana, realizou uma reforma litúrgica, eliminando em várias igrejas, a missa em Latim, tornando os fiéis mais participativos e os cultos compreendidos.

Os corais ensaiados, praticamente deixaram de existir e a música sacra de qualidade, perdeu seu espaço para cantos populares de louvação, em compensação, ganhou em participação. Hoje vemos os fiéis cantando em português e participando do culto com fé e devoção.

As famílias que conseguem manter seus filhos na fé católica, encontram uma religião materialmente sólida, mas ainda presam teologicamente os seus dogmas seculares, votados em concílios que remontam a milhares de anos, desde praticamente a fundação do Cristianismo.

A igreja mudou em sua aparência externa, mas não na sua visão dogmática, teológica, escolástica e clerical.

As religiões protestantes pentecostais e neo pentecostais, avançaram sobre a igreja Católica Apostólica Romana e hoje, a perda de fiéis ao protestantismo e outras vertentes atinge à 40% em quase todo o mundo, isto sem contar, as mudanças de opinião conscientes através da convicção conseguida através de estudo, pesquisa e meditação, sobre novos entendimentos das criaturas, que seguiram convictamente, outras escolas espirituais e começaram a professar uma nova fé.

Muitos se afastaram da fé Católica, deixando de participar de sua liturgia; embora, sem abandonarem a mensagem de Jesus Cristo, como no caso das correntes brasileiras tal qual a doutrina Kardecista, ou enveredando para o Budismo, Islamismo ou crenças esotéricas e holísticas.

O maior questionamento, sem dúvida, dentro do Cristianismo Escolástico e Clerical é a crença nas doutrinas da reencarnação e do Dom, no dogma mal resolvido até hoje da “Ressurreição da carne” e principalmente na própria ascensão de Jesus Cristo aos céus com corpo físico, energético ou “corpo glorioso” sem uma definição objetiva do que vem a ser corpo glorioso.

Esta matéria nunca foi explicada com clareza para os fiéis comuns, talvez sendo mais compreendido no dentro da teologia sacerdotal do que externamente aos fiéis. Algumas igrejas oram “Ressurreição dos mortos” e outras “Ressurreição da carne”. Existe uma diferença teológica fundamental e esclarecedora, pois os fundamentos “não são as mesmas coisas” como certa vez nos disse um sacerdote bem treinado em “respostas óbvias”, na visão dele. Na visão Cristiciísta da Ordem de Melquesedec, são essas “saídas pela tangente”, que desagradam os fiéis mais esclarecidos e que de certa forma pertencem ao grande grupo de formadores de opinião, que com certeza, influenciarão seus descendentes, familiares ou não.

A sustentação filosófica e religiosa, precisa ser atualizada dentro da pregação nas igrejas. Os sacerdotes que fizeram a sua “profissão de fé”, por necessidade de sobrevivência, tornaram-se “profissionais da fé”. Isto é perfeitamente compreensível.

A igreja tem milhares de sacerdotes na sua folha de pagamento, o mesmo acontecendo em todas as religiões. As pessoas precisam trabalhar e não existe mal algum em se profissionalizarem como soldados da religião divina, em qualquer manifestação religiosa, pois todos têm que sobreviver e ter sua independência  econômica preservada, seja sacerdote ou não.

O maior compromisso de toda classe sacerdotal do planeta, seja ela Cristã, Budista, Lamaista, Islâmica, Bramânica, Hinduísta, Espírita ou Holística e Espiritualista, de uma forma geral é com a verdade.

Jesus disse: “Conheça a verdade e a verdade vos libertará”. Ele estabeleceu um tipo de parâmetro muito corajoso quando afirmou aos seus apóstolos: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim”.

É muito importante optar por uma vida sacerdotal, fazendo um voto sincero de obediência para servir sinceramente e unicamente a Deus e seus propósitos. Por isso, todo sacerdote, deve buscar a verdade sem medo, no fundo do seu ser com sentimento, lógica, amor e conhecimento.

As religiões de uma forma geral, ajudam o homem, dando-lhe esperança, confiança, principalmente na vida após a morte. Os orientadores precisam estar convictos e estudarem profundamente o que vão professar.

Uma visão teológica desenvolvida num preceito duvidoso, impede a completa expansão do conhecimento divino, obstruindo os canais que irrigam as correntes energéticas do campo divino. Esta interrupção, bloqueia o conhecimento, e afeta o processo evolutivo, responsável pelo aperfeiçoamento de todos os seres.

A caminhada individual em direção à luz, implica não só na fé cega, mas também na reflexão cuidadosa.   Cada Ser é uma fonte inesgotável de energia que jamais deixará de existir, pois a vida espiritual é imortal. Para que o homem acreditasse nesta máxima, muitos se sacrificaram, se santificando numa verdadeira “Comunhão dos Santos”, em defesa dos preceitos divinos de amor ao próximo e servidão a Deus.

É importante buscar a verdade da fé, através da autoconscientização, que traz a convicção e a certeza do caminho em direção aos campos divinos de vibração superior.

Para que se estabeleça a construção evolutiva, é necessária muita dedicação, trabalho e amor ao próximo; sendo assim, é preciso que haja uma verdadeira tomada de consciência. Os responsáveis pelos ensinamentos, devem estar em constante preparação e atentos às pesquisas publicadas, esclarecendo pontos importantíssimos que as vezes se acham enclausurados em busca de uma nova interpretação.

O comprometimento dogmático, causa um sério problema para a fé, porque bloqueia a pesquisa séria e impede a divulgação daquilo que possa comprometer o que já foi decidido através dos concílios clericais. A dogmatização pressupõe a involução no campo da ideia, por isto, não é boa, pois não acrescenta nada ao conhecimento e ainda retarda o processo evolutivo. Defender o dogmatismo compromete seriamente o sistema crístico de expansão. Quem vive esta realidade, deve considerar a possibilidade de repensar toda a sua fé, “Seja assim na “Terra como no céu”. Esperamos que algum futuro membro da “Congregação para a Doutrina da Fé”, sediada em Roma, apresente uma proposta anulando o Concílio de Constantinopla II, instalado ilegalmente pelo Imperador Romano Justiniano em 552/553 a.C., restabelecendo a Doutrina dos Três Capítulos de Orígenes. Quando isto acontecer, o maior dos erros cometidos contra a fé cristã e os ensinamentos da igreja, estará restabelecido. O avanço do processo evolutivo e dos seres humanos, depende desta correção.

No plano espiritual, espíritos de sacerdotes componentes do Colégio Sacerdotal da Ordem de Melquisedec, aguardaram meio século, nesta última geração (século XXI), para que surgissem mentes preparadas, a fim de compreenderem e realizarem esta mudança, que acreditamos, há de surgir dentro do próprio clero Católico Apostólico Romano. Esperamos ansiosamente conquistar mais este avanço espiritual para a humanidade. Somente com seres humanos capazes de compreenderem, avaliarem e doutrinarem a sua própria energia, sem temores ou dogmas, é que poderá emergir uma Nova Era, evoluída no planeta Terra e na esfera superior, aonde habitam as estrelas, planetas e galáxias que compõem o grande universo que segue infinitamente num processo evolutivo.

Psicografado por Adilson T. de Godoy
Mentor: D.Adyan
Ordem Espiritual Crística
Filosofia Cósmica do Poder Divino Integralizado
www.cristiciismo.com.br
www.filosoficacristiciista.com.br


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